Li na revista Veja desta semana a resenha de um filme, chamado Jovens Adultos, cuja
personagem – bonita, inteligente, relativamente bem sucedida – se acha muito
especial, mas tem um comportamento infantil e aborrecido, pois pensa que o
mundo não reconhece devidamente a sua condição. Em tempos em que muitos aspiram
a ficar famosos ou milionários pelos simples fato de existirem, vide a quantidade
de inscritos no Big Brother e programas afins, impossível haver tema mais
atual. O retrato de uma geração.
Na mesma revista, há uma outra matéria sobre o perfil dos jovens
bem sucedidos na era digital. São todos seguidores de Steve Jobs e Mark
Zuckerberg, e alguns vêm fazendo história e muito dinheiro com invenções aparentemente
simples (e talvez por isso geniais), como o aplicativo Instagram para telefones, por exemplo.
Um grupo que agora se orgulha da condição de nerd e que usa seus conhecimentos como catapulta para o sucesso
instantâneo, seja financeiro, seja profissional.
E na programação da TV, chovem disputas de canto, de dança,
de culinária, de corte de cabelo, de treinamento de cães e, mais recentemente,
até de “vale-tudo”, todas com a mesma fórmula: espremer anônimos até a última
gota em busca do algo a mais, em busca do talento que separa os deuses dos
simples mortais. Nada mais é do que um reflexo da nossa necessidade por
holofotes, exatamente como a personagem do filme ali de cima. No fundo, nos dias
de hoje, a ninguém basta uma vida simples e digna. Queremos fãs, prêmios e
palmas. Queremos milhões. Queremos nos sentir especiais.
O problema é que a conta não bate. Ao mesmo tempo em que
qualquer um pode ter sucesso da noite para o dia – e gerações inteiras estão
sendo levadas a crer que merecem este sucesso só por ter o corpo bonito, saber
cantar ou ser capaz de mexer no computador – não há espaço no céu para tantas
estrelas. A cada Zuckerberg que surgir, milhões de hackers levarão vidas tão
insossas quanto a de um lavador de pratos. Cedo ou tarde, o sonho da fortuna
fácil irá, aos poucos, desaparecer.
Apesar de não cogitar entrar em reality show, e de definitivamente não ter talento para ganhar uma
competição de canto na TV, também faço parte da multidão. A real possibilidade
de fazer a diferença para o mundo e ganhar rios de dinheiro com uma boa ideia
também atiça minhas ambições. Adoraria ser criador de um conceito hoje e
vendê-lo por bilhões daqui a alguns anos.
Porém, enquanto eu desenhava mentalmente minha ideia genial, enquanto eu fritava os miolos pensando em como ficar rico com a
Copa do Mundo de 2014 no Brasil, a vida me deu um filho especial. Este sim,
um ser humano especial com todas as letras. Uma criança fora do comum, em todos os sentidos.
Foi como se eu apertasse a tecla pause na minha corrida do ouro particular. Como se tudo –
trabalho, planos, desejos – tivesse perdido o efeito da gravidade e ficasse
suspenso no ar por tempo indeterminado. Fiquei surdo para as notícias da TV.
Fiquei cego para o que estava acontecendo no mundo. Afastei tudo
para os lados. Agora eu tinha algo mais importante com o que me preocupar.
O dia-a-dia com o meu filho me apresentou uma série de
pessoas que fazem uma diferença imensa no mundo (no meu, pelo menos), porém
programa de TV nenhum se propõe a gravar. São fisioterapeutas que ensinam as pessoas a andar, independentemente da limitação. Médicos que atendem ligações de madrugada e dão plantões nos hospitais,
apesar dos salários. Pedagogos que acordam cedo, ganham quase nada, mas estão
sempre com um sorriso no rosto, dispostos a dedicar seu tempo a meu filho e
a outras crianças com necessidades especiais.
Fazendo parte de uma geração em que todos os modelos de
sucesso estão associados a uma ascensão meteórica na carreira e a cifras
astronômicas na conta bancária, sinto falta, em minha volta, de pessoas
sonhando em ser professor, em ser médico de hospital público, em ser construtor. No caso de
Brasília, cidade em que vivo, vejo o anseio pelo concurso público
exclusivamente pelo salário, e não pelo desejo de ajudar o país a mudar. Sinto
falta da gana de arregaçar as mangas e fazer algo de importante, mesmo que não
pague bem. Sinto falta de mais pessoas como as que têm ajudado a mim e a meu
filho. Gente que faz trabalho voluntário. Pessoas que perdem seu tempo com os
outros. Gente que não precisa ganhar uma competição (ou muito dinheiro) para se
sentir especial.
Antes de ter o meu filho, eu também me acreditava merecedor
de todos os louros. Tinha a ilusão de que, por ter estudado bastante, por ser
correto, por ser capaz, eu teria direito a uma vida perfeita, com filhos saudáveis, casa com piscina, carro do ano, viagens internacionais. Estes sonhos
continuam, é claro. São metas razoáveis. Mas quando o Antonio nasceu, aprendi
uma lição amarga: eu não era mais especial do que ninguém. Compreendi da forma
mais eficiente possível que, para a natureza, independentemente do que somos
(ricos, pobres, feios, bonitos, Mark Zuckerberg, pedreiro Zé), somos apenas
mais um. Entendi que não teria privilégios e que a minha vida poderia tomar um rumo inesperado, como a vida de
qualquer pessoa.
Estranhamente, mesmo com toda a dor sofrida ao ter um filho
com necessidades especiais, hoje sinto uma sensação de alívio. Tirei das minhas
costas a auto-cobrança do sucesso incondicional em todos os aspectos da vida.
Aprendi que está tudo bem se alguns planos derem errado, se nem tudo sair
perfeito. Arranquei uma boa dose de inveja de dentro do meu peito, inveja de quem está melhor profissionalmente ou está ganhando uma grana preta. E preenchi
com algo bem mais saudável: um pouco mais de paz. A vida com o Antonio pode não
me deixar rico, pode não me trazer fama, pode não fazer o mundo reconhecer meus
talentos. Mas faz eu me sentir um pai muito especial.
Oi Fábio,
ResponderExcluirAinda que sem dizer nada que já não saibas: Fábio Ludwig prá mim é famoso e admirável. Figuras entre os "especiais" a quem dedico leitura. Pelo adiantado da hora desse comentário (e considerando-se que não sofro de insonia ...) hás de constatar a importancia que dou semanalmente aos teus textos. Obrigada pela diferença que fazes! Um abraço.
Sensível como sempre. Bela reflexão, Fabinho. Obrigada por mais uma semana. Bjo.
ResponderExcluirFábio, a riqueza não vem somente através do dinheiro. Vc é sim uma pessoa muito rica e no meio dessa riqueza, vc tem um céu muito estrelado. Nesse seu céu, cada uma das estrelas é muito importante, mas sem dúvida, o Antonio é a mais brilhante, é a que mais faz vc crescer!!! Bjs
ResponderExcluirDenise, obrigado a você por me acompanhar por aqui. bj
ResponderExcluirAna Laura, obrigado. bj e boa semana.
ResponderExcluirCléo, Antonio é luz, raio, estrela e luar. rs bjao
ResponderExcluirFábio, muitos passarão pela vida e não farão a diferença. Outros, como você, nos deixam esperando toda segunda por mais um motivo para continuar, por mais uma esperança nesse mundo, por mais um sentido para a vida. Isso, sim, é ser especial!
ResponderExcluirUm grande abraço. Mônica Leite
Magnifício, meu amigo. Algum pensador falou: "Todas as glórias deste mundo não valem um amigo verdadeiro". Ab! Da Vila
ResponderExcluirMônica, obrigado. bj
ResponderExcluirDa Vila, não valem mesmo. Abraço
ResponderExcluirParabéns!!!! Fábio.
ResponderExcluirAmei este texto e se me permitir vou colocar no meu blog, pois sou pedagoga e me sensibilizo muito com tudo isso. Seu filho é iluminado.
Abraço
Margaret Pires
Fabinho!!!
ResponderExcluirVc tem o previlégio de ter uma criança iluminada na sua vida. Deus escolheu a dedo vocês para serem os pais do Antônio. E o amor do Antônio por vcs vai ser sem dúvida a coisa mais preciosa desse mundo! Não tem dinheiro ou status nenhum que substitua esse retorno q vcs terão ;)
Margareth, é só colocar os créditos (e o link) que o texto é todo seu. rs. bj
ResponderExcluirMariella, é verdade. Uma gargalhada dele e ganho o mês. bjão
ResponderExcluirBeatle, você é um ser especial. Você pega a vida comum e faz uma limonada com água de flor de laranjeira.
ResponderExcluirSublime.
Obrigada!
Love you,
Mar
Vc é especial sim. Qta gente gostaria de ter o dom de escrever esses textos adoráveis que vc posta(eu sou uma dessas pessoas)mas pra isso é necessário ser inteligente,ter conhecimento de muitos assuntos,ter sabedoria e vc tem, o que te torna uma pessoa rica de coisas boas e as coisas boas nesse mundo de hj, fazem td a diferença.
ResponderExcluirSabe que incrível,mas quando acontece algo em nossas vidas,nossas metas mudam de uma maneira incrível!Anos atrás,antes do meu acidente só pensava em estar linda de corpo e tal,era futil neste sentido.Depois de tudo que passei,só quero ter saúde,ver minha filha crescer,poder comprar uma cadeira de rodas bacana,conseguir ficar em pé pra evitar osteoporose...A vida é tão boa,damos valor a cada coisinha do nosso dia a dia,o fato de passar em uma porta já me deixa feliz kkkkk
ResponderExcluirbjsss
Fábio de todas as coisas incrivelmente sábias que você colocou no seu texto, eu vou puxar sardinha pro meu lado... hehe
ResponderExcluirSão fisioterapeutas que ensinam as pessoas a andar, independentemente da limitação.
Obrigada por isso.. Nós, fisioterapeutas, ensinamos sim a andar. E esse "andar" não é só cinesiologicamente e/ou biomecanicamente (vixi..) falando.
Esse andar é de seguir em frente, olhar pra frente e "andar".. Vencer barreiras e dar uma banana pra limitações físicas.
É uma das coisas pelas quais eu amo a minha profissão, mesmo não estando atuando profi$$ionalmente nos dias de hoje. Não tem preço você receber um obrigado de uma mãe que está vendo seu filho sentar pela primeira vez na vida. E assim ele pode ver o mundo de outro ângulo ou até mesmo se alimentar de forma mais adequada. Não tem preço o sorriso de um lesado medular quando ele consegue pela primeira vez "dar um passeio" sozinho. Não tem preço uma criança que nasceu com as funções motoras de pernas totalmente comprometidas, sentar num skate e sair rolando por aí e dizer: "Tia eu tô 'andando' ".. Não tem preço ver o sorriso de um paciente que está livre do respirador artificial e hoje consegue fazer sozinho algo tão básico como respirar.
Isso é mais importante do que qualquer dinheiro aos montes que eu possa ter, mostrando minha bunda (desculpe pela palavra nada bonitinha) ou chorando lágrimas de crocodilo na TV.
Hoje eu não atendo mais em nenhuma clínica que me traga dinheiro. Graças a Deus não preciso mais. Hoje eu faço trabalho voluntário na igreja que eu frequento. Hoje eu dou o que sei para quem precisa e aprendo muito mais com eles.
Eu tenho um monte de coisa material que não me faz falta nenhuma se eu vier a perder, tenho esse monte de coisa que muita gente está matando por aí pra ter. E posso dizer por experiência própria (não, eu não nasci rica, eu ralei e chorei pra estar onde estou) que nenhuma dessas coisas me dá tanto prazer do que quando eu recebo um abraço, um sorriso, um aceno no meio da igreja ou simples "Muito obrigado, doutora" de uma pessoa que chegou a você sem o mínimo de esperança ou fé.
E sim vc tem razão quando diz que o Antonio é mais que especial.. Ele é uma pessoa iluminada que está nesse mundo para fazer outras pessoas melhores. E no seu caso, vc é um abençoado por tê-lo, porque você e sua esposa são os primeiros a ter essa dádiva, a ter a oportunidade se serem melhores do que sequer imaginaram ser, simplesmente porque o Antonio está com vocês.
E como eu não poderia deixar de falar, obrigada mais uma vez por lindas palavras..
Vc mora em Brasília seu candango? hehe... É pra acabar com os pequis de Goiás! kkkk.. Estamos pertinho... Goiânia aqui...
Só mais uma coisa.. Vou fazer concurso público pra Prefeitura de Goiânia. Não porque eu preciso de dinheiro, mas porque eu quero mesmo oferecer meus serviços... E até hoje muita gente me diz: "Vc deveria ter feito direito, vc estaria rica. É tão inteligente"... (Sim, eu passei pra direito tb, mas optei pela fisio).. E eu respondo: "Sim poderia, mas não fiz. E não, eu não quero ser rica. Eu quero ser gente".
Abraços.
Marcela, love you too.
ResponderExcluirSonia, não é sabedoria não... Tô só transmitindo a vivência que estou tendo. Sabedoria, espero, vou ter lá na frente, com o passar dos anos. bj
ResponderExcluirAldrey, mudam as metas mesmo. Dá-se mais valor ao que é mais simples. E se percebe a quanta bobagem dávamos valor antes. Tenho certeza de que a tua experiência, vivida na pele, foi ainda mais transformadora que a minha. Bj
ResponderExcluirPolly, obrigado mais uma vez pelos teus elogios. E pode puxar a Sardinha, porque as fisioterapeutas do Antonio têm nos ajudado muito. Somos muito gratos a elas. bj
ResponderExcluirPreciso incluir a leitura do seu blog nas minhas obrigações semanais. Vc nem faz idéia do quanto me faz bem...vc ainda encontrará muuuuitas pessoas pela frente que te faram acreditar que essa tal de humanidade é bem bacana, apesar de tudo!!
ResponderExcluirAh, semente pedir licença, compartilhei na minha página do facpebook, ok?
ResponderExcluirClaro que pode compartilhar, Edrisse. É uma honra. Obrigado pelos elogios. Abraço
ResponderExcluirFabio,
ResponderExcluirVcs são uma graça!!!
Qto mais leio seu blog mais próxima de vcs me sinto!
Ja tive essa conversa com meu marido nem sei qtas vezes!!!!
Obrigada por conseguir colocar em palavras varios de nossos sentimentos! Eu e meu marido não somos bons com palavras, mas vc consegue traduzir muita coisa q sentimos! Parabens por sua sensibilidade!
É incrivel como nossa luta e sentimentos são parecidos!
bjos para a familia!
Marina, também nos identificamos com outros pais de crianças com necessidades especiais, entendo bem o que você quer dizer. Parece que entendemos uns aos outros em um nível mais profundo, com mais cumplicidade. E vejo que o que escrevo aqui consegue aproximar as pessoas da gente mesmo, como se abríssemos uma porta que nem sempre se abre. Fico contente que nos acompanhe e se identifique. De certa forma, a luta é sim a mesma: criar um filho diferente. E espero que logo a gente possa se encontrar e conversar mais. Um bj
ResponderExcluirFábio, belo texto.
ResponderExcluirTenho acompanhado o blog e sempre me emociono com o que você escreve. Ontem aconteceu mais uma vez, enquanto esperava para ver um show do Van Halen, abri o seu blog e me peguei chorando no meio dos tiozao roqueiros farofa =D
Obrigada por mais uma boa reflexão.
Um abraço.
Henriette, fico feliz que acompanhe. Imagino que deveria ter algum tiozão farofa meio emocionado no show tb, então você não deve ter pagado mico. rs bj
ResponderExcluirO texto é tão bonito, tão profundo, que não me veio inspiração para comentar. Assim, jogo aqui minha emoção ao notar a estrelinha pequena do Tom Tom iluminando o teu caminho e o nosso. Fica aqui meu desejo profundo de paz interior para todos os homens. Sim, tens a habilidade de nos transmitir sentimentos grandiosos. Um bocadinho já nos salva. Guimarães Rosa dizia que um pouco de amor já salva, mesmo pouco, sendo amor já abre caminhos. E paz é amor. Obrigada por abrir nossos caminhos, com tanta singeleza, tanta simplicidade, tanto amor, meu filho.
ResponderExcluirBeijos
Mãe
Fábio, a soma das pequenas realizações de nosso dia-a-dia com certeza nos trazem muitas riquezas, elas não são exatamentte palpáveis mas, que nos fazem ricos de sentimentos e valores nobres que poucos cultivam.
ResponderExcluirSou uma pedagoga que a cada dia é iluminada com sorrisos de seus alunos, palavras de carinho e isto para mim é o maios dos tesouros! Agradeço por fazer parte da classe que levanta cedo, trabalha muito, luta para pagar suas contas... penso que não perco tempo ajudando os outros, mas sim ganhando novos significados à minha vida.
Parabéns por seres um PAI de alma e coração!
Forte abraço.
Mãe, se este é o teu comentário sem inspiração, o nível está altíssimo. Um bj
ResponderExcluirRejane, o teu relato é exatamente o tipo de sucesso mais emocional do que financeiro que eu queria ressaltar no texto. Dar valor ao que se pode fazer pelos outros e tirar disso satisfação pessoal, ou como você expressou perfeitamente, "ganhar novos significados para a vida". Bj
ResponderExcluirEu adorei o texto. Rende uma boa reflexão. Bjo, Nanda.
ResponderExcluirQue bom. bj
ResponderExcluir(Sim, to colocando as leituras do teu blog em dia...comentarios também)
ResponderExcluirOutro dia estava conversando com o Gui e ele me perguntou: qual contribuição vamos deixar para as próximas gerações? Como eu estou influenciando e dando minha contribuição? Como estou sendo alguém? Como vão lembrar de nós daqui 2 mil anos?
Conclusão: se chegarmos daqui 2 mil anos, significa que conseguimos descobrir uma forma de conviver em paz com o planeta. Maior legado não deveria existir.
E o Gui volta: sim, mas e você? E eu?
Conclusão: não há maior legado que amar e cuidar bem das pessoas que amamos. E para aqueles que formos pais, nada maior ainda que criar nossos filhos (um dia o meu também) com bons valores e fazer com que estes mesmos valores passem gerações (não só passem, mas sejam aprimorados).
Conclusão da conversa com o Gui e teu post: você tá fazendo a diferença e sendo especial para o teu filho, tua família, amigos e todos nós que lemos os teus posts. Então apesar de faltar muita vida ainda pela frente, missão cumprida meu caro!
De fato, meu amigo, não há maior legado do que cuidar bem de quem amamos. Discordo apenas da minha missão cumprida. A impressão que tenho é que tenho ainda tanta, mas tanta estrada pra andar, que às vezes chego a sofrer de ansiedade. Sei que você sente algo neste sentido tb a respeito de si mesmo. Abraço
ExcluirNao sei se epossivel escolher o meu texto preferido. Mas esse me emocionou em varios aspectos. Voces tres sao bastante especiais.
ResponderExcluirMelissa, não precisa escolher o preferido. Porque, no fundo, não são vários textos. São capítulos de uma mesma história. bjão
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